SEI/UTFPR - 1048661 - Resolução (Cons. Delib.)

O CONSELHO DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E COMUNITÁRIAS DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 10, de 04 de agosto de 2000 do Conselho Diretor;

CONSIDERANDO o Parágrafo 1º do Artigo 25 do Estatuto da UTFPR, aprovado pela Portaria Ministerial nº 303 de 17/04/2008;

CONSIDERANDO o Artigo 21 do Regimento Geral da UTFPR, aprovado pela Deliberação nº 07/09-COUNI, de 05 de junho de 2009;

CONSIDERANDO o Artigo 10 do Regulamento do Conselho de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR, aprovado pela Deliberação 08/2010-COUNI;

CONSIDERANDO a portaria 1738/2016, que designa Douglas Paulo Bertrand Renaux como Pró-Reitor de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR;

CONSIDERANDO as Portarias nº 871, de 22/04/2015, e nº 555 de 28/03/2019, do Reitor da UTFPR, que nomeiam os membros do Conselho de Relações Empresariais e Comunitárias, quadriênio 2015-2019;

CONSIDERANDO o processo SEI 23064.034625/2018-63, analisado na na 11ª Reunião Ordinária, realizada em 04/10/2018 e o Ofício 7/2019, documento SEI nº 1048601, com parecer favorável do Relator Lindomar Subtil de Oliveira para emissão da Resolução;

Art. 1º Aprovar, na forma do anexo, o Programa de Extensão PROGRAMA DE CANTO CORAL: VOZES DA TECNOLÓGICA, Câmpus Curitiba.

Documento assinado eletronicamente por DOUGLAS PAULO BERTRAND RENAUX, PRESIDENTE DO CONSELHO, em 11/09/2019, às 14:27, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site (The authenticity of this document can be checked on the website) https://sei.utfpr.edu.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador (informing the verification code) 1048661 e o código CRC (and the CRC code) 319556F4.

A história dos Corais UTFPR começa em 1966, quando foi fundado o primeiro coral da ainda Escola Técnica Federal do Paraná em Curitiba. Ao longo dos seus 52 anos de existência, o coral passou por diversas transformações, acompanhando a mudança da própria instituição.

O programa é de 48 meses, os ensaios são semanais e os alunos do projeto têm aula de teoria musical, técnica vocal, treinamento auditivo, regência, preparação cênica, dança; participam de workshops e oficinas dentro da temática do espetáculo além de participarem da confecção do figurino e cenografia quando necessário.

Nossos grupos corais são formados por alunos (do técnico, da graduação e da pós-graduação), egressos, servidores (docentes e técnicos administrativos) e membros da comunidade externa. A faixa etária engloba o público infantil a partir dos 5 anos de idade, até aposentados com 65 anos de idade.

Os grupos mais avançados elaboram espetáculos temáticos, como por exemplo o Grupo Terça Maior que em 2018 está pesquisando e desenvolvendo um espetáculo sobre música português e música brasileira. É importante ressaltar que todo processo criativo envolve estudo prévio, pesquisa aprofundada, preparação de ensaio, confecção de figurino e cenário, elaboração de mapa de luz, sonoplastia, etc.

Os Corais UTFPR realizam projetos individuais, com sua próprias temáticas e são voltados para atender públicos diferentes. Entretanto, dentro deste Programa de Canto Coral, temos dois tipos de projeto: os projetos dos grupos artísticos (1 ao 5, página 1) e os projetos que permeiam esses cinco grupos (6 ao 9, página 1), articulando as atividades entre os corais e propiciando também uma troca de experiências entre os cantores/regentes participantes.

- Propiciar um ambiente voltado para a educação musical coletiva; - Elaborar, a médio prazo, cursos EAD de teoria musical, regência e técnica vocal; - Utilizar plataformas digitais para incentivar o estudo de música (Google Classroom, sites específicos, canais no Youtube); - Capacitar alunos de graduação em música que procuram no Coral UTFPR um espaço para crescimento profissional; - Ampliar o alcance das apresentações dos corais, seja de maneira presencial ou à distância. Nossas redes sociais já computam mais de 100 mil acessos ao ano; - Promover a integração entre demais coros da cidade de Curitiba, região metropolitana e das demais sedes da UTFPR; - Incentivar e orientar a criação de conteúdo, por parte da equipe executora, seja ela disponibilizada de qualquer forma: artigo científico, material didático, arranjos, roteiros de espetáculos, etc.

O Coral UTFPR poderia ser considerado um patrimônio cultural imaterial da universidade, devido a sua história dentro do crescimento e evolução da instituição. Além disso, no cenário brasileiro, a educação musical na educação básica (tanto na rede pública quanto na rede privada de ensino) contempla pouco conteúdo musical, fazendo com que muito alunos e servidores da UTFPR tenham seu primeiro contato com a música na nossa universidade.

Nessa direção, também é importante salientar que os cursos de graduação em música não contemplam uma carga horária importante voltada para a formação de regentes corais, fazendo com que muitos alunos de música procurem no nosso trabalho um local de aprimoramento musical e oportunidade de crescimento pessoal e técnico.

Ainda que a UTFPR não possua cursos de graduação na área artística, os alunos que participam do coral encontram nestes projetos um local para a complementação da sua formação integral. Os conteúdos desenvolvidos costumam abranger temáticas sociais importantes: racismo, misoginia, preconceito, xenofobia, entre outros.

Muitos alunos encontram um espaço de acolhimento no coral: alunos de arquitetura, engenharias, letras, design, educação física, matemática, etc, e que diante da pressão da vida acadêmica, conseguem superar muitas adversidades através desse intercâmbio que os projetos proporcionam.

O canto coral é, enquanto prática social e atividade educativo-musical, estudado por alguns autores que enfatizam os aspectos relacionados aos benefícios dessa atividade para o desenvolvimento de seus integrantes nas dimensões pessoal, interpessoal e comunitária.

Nesses corais da UTFPR, o aluno encontra pessoas de todas as classes sociais, raças, idades e realidades diferentes. Também aprende música do século XVIII, Bossa nova, canta em árabe, latim e espanhol. É por meio dessa troca que a transformação pessoal, e consequentemente a social, pode acontecer.

Atualmente, cobramos uma taxa simbólica anual de cada aluno do coral, dando descontos para alunos e servidores UTFPR e isentando da taxa alunos que possuem bolsa-auxílio. Essa medida diminuiu a evasão dos grupos artísticos e é a única fonte de orçamento segura que temos atualmente.

A média de arrecadação é de cinco mil reais ao ano, no mínimo. O valor arrecadado mantém as despesas mínimas necessárias ao funcionamento dos grupos: contratação de serviços que a UTFPR não possui tais como: iluminação, sonorização externa, preparação vocal, uniforme dos grupos, etc.

O coral possui sala própria exclusiva, pois existem muitos instrumentos que são facilmente danificados se manuseados de forma irresponsável. Atualmente temos:

1 kit de instrumentos de percussão (pandeiro, caxixi, bloco, tamborim, ganzá, triângulo, maraca, pandeiro meia lua, entre outros)

A sala conta com 70 cadeiras estofadas e 60 cadeiras de plástico, que são necessárias em vários momentos quando é necessário unir os 5 grupos artísticos em ensaios, ultrapassando a quantidade de 150 alunos.

A equipe executora é formada por um docente efetivo, duas servidoras técnico-administrativos, 3 alunos da UTFPR (sendo um bolsista), 3 alunos da UFPR, 2 alunas da UNESPAR, 1 aluna do IFPR e 3 voluntários da comunidade externa. Em cada grupo mantém sua própria equipe executora

A avaliação é usada como ferramenta de ensino-aprendizagem no projeto. Os feedbacks são constantes e praticamente semanais. Os professores coordenadores assistem a todos os ensaios dos regentes em treinamento e emitem avaliações nas salas virtuais com os pontos positivos e pontos que precisam ser melhorados.

Os alunos que cantam nos grupos são incentivados a avaliarem os regentes, incluindo os coordenadores semestralmente, mas essa avaliação não é somente da atuação dos regentes, ela também busca fazer o próprio aluno a entender o seu processo de aprendizagem e compartilhar isso com o grupo na sala virtual.

A avaliação do regente torna-se uma ferramenta para o cantor buscar entender como ele aprende melhor. Temos feito isso desde o início dos ensaios em março de 2018 e vamos estabelecer e aprimorar essa ferramenta.

Com os dados das avaliações individuais de cada projeto, iremos debater e buscar a criação de uma métrica de avaliação que seja capaz de mapear o trabalho realizado e trazer questionamentos e instigações para a melhoria do serviço prestado.

Afastamento para licença capacitação, saúde ou doutorado poderão impactar na qualidade e quantidade dos projetos, enquanto não houver um substituto pois sou a única regente de coros que a UTFPR possui no campus Curitiba. Caso seja necessário um afastamento por qualquer motivo, será necessário um outro professor assumir a coordenação do programa e incentivar os alunos e voluntários para que os projetos não sejam extintos.

Eventualmente, caso haja dotação orçamentária, a UTFPR poderá contratar como prestação de serviços na área de regência coral uma maestrina para assumir os grupos. Manter somente um servidor para esta área que é bastante específica, trata-se de um alto risco, ainda assim, acredito que a atividade não possa depender da abertura de novo concurso, da dotação orçamentária ou da sala ideal para que aconteça.

Na falta da professora coordenadora, o programa poderá ser diminuído para que se mantenham as atividades mínimas: Coral UTFPR, Temporada de concertos e Encontro de Corais. Este três projetos mantém as principais características do programa: educação musical coletiva, formação de plateia e integração artística e são passíveis de serem realizados com um dos professores participantes do projeto (pianista da UTFPR) e voluntários/alunos.

O programa será oficialmente lançado juntamente com o projeto Corais UTFPR: Tecnologia, mídias sociais e metodologias ativas para a potencialização da educação musical e ampliação de plateia.

A meta é que o programa se torne ininterrupto e não dure somente quatro anos, mas mantenha as três principais características das suas ações: educação musical coletiva, formação de plateia e integração artística entre demais corais e com a sociedade.

O programa precisará articular uma temporada de espetáculos, a capacitação dos grupos artísticos e a execução anual do encontro de corais.

Impactos educacionais: sites com experiências dos regentes e coralistas, criação de métricas de avaliação do trabalho coral pelos cantores, regentes e comunidade (plateia). Já em construção: http://sites.google.com/view/coralutfpr

Impactos ambientais: sustentabilidade ao reduzir a impressão de programas cumprindo com o Plano de Logística Sustentável, redução de impressão de programas em papel. Utilização de programas digitais. Cumprimento de no mínimo dois ODS em cada projeto.

Impactos acadêmicos: submissão de artigo no SEI, submissão de artigo em eventos de educação musical.

Impactos histórico-culturais: elaboração e submissão de artigo sobre a história da criação do coral ETFPR.

Impactos na inclusão: garantir ao menos uma ação musical inclusiva: concerto com programa em Braille, e/ou presença de intérprete de Libras.

ALMEIDA, M. E. B. Integração de currículo e tecnologias: a emergência de web currículo. Anais do XV Endipe – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

ONU. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Acessado em maio de 2018. http://www.agenda2030.com.br/

SILVA PINTO, A. S. et al. O Laboratório de Metodologias Inovadoras e sua pesquisa sobre o uso de metodologias ativas pelos cursos de licenciatura do UNISAL, Lorena: estendendo o conhecimento para além da sala de aula. Revista Ciências da Educação, Americana, Ano XV, v. 02, n. 29, p. 67-79, jun-dez 2013. Disponível em: http://www.revista. unisal.br/ojs/index. php/educacao/article/view/288/257. Acesso em: 01 nov. 2017.

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Plano de Cultura, aprovado em 10/02/2017, Deliberação 02/2017- COUNI.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Plano de Logística Sustentável. Disponível em: Acesso em: 01 nov. 2017