UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Resolução Nº 12/2019, DE 01 DE novembro DE 2019
O CONSELHO DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E COMUNITÁRIAS DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 10, de 04 de agosto de 2000 do Conselho Diretor;
CONSIDERANDO o Parágrafo 1º do Artigo 25 do Estatuto da UTFPR, aprovado pela Portaria Ministerial nº 303 de 17/04/2008;
CONSIDERANDO o Artigo 21 do Regimento Geral da UTFPR, aprovado pela Deliberação nº 07/09-COUNI, de 05 de junho de 2009;
CONSIDERANDO o Artigo 10 do Regulamento do Conselho de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR, aprovado pela Deliberação 08/2010-COUNI;
CONSIDERANDO a portaria 1738/2016, que designa Douglas Paulo Bertrand Renaux como Pró-Reitor de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR;
CONSIDERANDO as Portarias nº 871, de 22/04/2015, e nº 555 de 28/03/2019, do Reitor da UTFPR, que nomeiam os membros do Conselho de Relações Empresariais e Comunitárias, quadriênio 2015-2019;
CONSIDERANDO o processo SEI 23064.034922/2018-17, analisado na na 12ª Reunião Ordinária, realizada em 15/05/2019 e Despacho COEMP SEI nº 1097384 com parecer favorável do Relator Ivan Carlos Vicentin para emissão da Resolução;
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar, na forma do anexo, o Programa de Extensão PROGRAMA PARA DESENVOLVIMENTO DO ENSINO DE CIÊNCIAS E ASTRONOMIA, Câmpus Campo Mourão.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Documento assinado eletronicamente por DOUGLAS PAULO BERTRAND RENAUX, PRESIDENTE DO CONSELHO, em 06/11/2019, às 08:23, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. |
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ANEXO I À Resolução Nº 12/2019, DE 01 DE novembro DE 2019
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA de extensão
PROGRAMA PARA DESENVOLVIMENTO DO ENSINO DE CIÊNCIAS E ASTRONOMIA
ÁREA TEMÁTICA: tecnologia e trabalho
COORDENADOR : EDUCAÇÃO E ENSINO
Câmpus campo mourão
1. INTRODUÇÃO
A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico que viabiliza a relação entre universidade e sociedade. Nesse processo, a universidade deve ser mais do que um laboratório, objeto de estudo ou campo de pesquisas, deve ser uma instituição com pessoas, demandas, reivindicações, anseios e saberes que se encontram dentro e fora da universidade. Então, pensar a extensão requer repensar o próprio modelo de universidade tanto no que se refere a questões pedagógicas e curriculares quanto a questões como produção e acesso ao conhecimento e a seus produtos.
A atividade de extensão privilegia o relacionamento entre pessoas e possibilita a formação de alunos emancipados, comprometidos com comunidade a que pertencem e com a sociedade em geral. Nesse, Santos diz: " a abertura ao outro é o sentido profundo da democratização da universidade, uma democratização que vai muito para além da democratização do acesso à universidade e da permanência nesta. Numa sociedade cuja quantidade e qualidade de vida assenta em configurações cada vez mais complexas de saberes, a legitimidade da universidade só será cumprida quando as atividades hoje ditas de extensão, se aprofundarem tanto que desapareçam enquanto tais e passem a ser parte integrante das atividades de investigação e de ensino (SANTOS, 1995, p. 19).
Percebe-se na fala de Santos (1995), que os desafios do mundo moderno sinalizam para um processo de democratização da relação universidade x sociedade. Assim, cabe a universidade, propiciar a realização de atividades acadêmicas de caráter interdisciplinar, possibilitando a integração de áreas distintas do conhecimento.
2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Um dos desafios principais no início deste século é o incentivo ao pensamento científico tecnológico que nos cerca desde meados do século XX. O ensino de Ciências no mundo vem sofrendo muitas mudanças, principalmente em relação à temática da importância do fazer científico, visando às inúmeras inovações tecnológicas que nos cercam.
Isso, no entanto, não foi “absorvido” pelos aprendizes, pois vimos muitos resultados negativos do conhecimento científico escolar, de acordo com as avaliações do PISA. De acordo com esta avaliação, alunos na faixa de 15 anos de idade não sabem noções básicas de ciência em quase todas as áreas do conhecimento científico.
A experiência, como professor de Física, tem mostrado que não basta oferecer escolarização, é necessário ofertar uma educação que atenda às necessidades de formação do aluno como ser social apto a agir no ambiente em que vive. Dentro desta perspectiva é importante trabalhar os conteúdos de forma aplicada, dando ênfase às questões ambientais, econômicas, sociais e políticas. Devemos ter o objetivo de formar um cidadão que tenha consciência crítica, para tal, pode-se utilizar recursos didáticos contextualizados, a fim de proporcionar aos alunos: a percepção, a reflexão e o questionamento da realidade que compreende o meio sócio cultural e natural; a capacidade de relacionar os conteúdos matemáticos com a realidade em que se inserem; a clareza para escolher uma forma de ação para minimizar os problemas do meio em que vivem.
A humanidade vive hoje uma era de transição. A ciência e a tecnologia foram responsáveis pelo estabelecimento da “sociedade da informação”. A informação produzida é altamente especializada e acelerada, o acesso a essa informação é dinâmico e quase instantâneo. A criança o jovem e até mesmo o adulto não têm tempo nem estímulo de compreender e vivenciar uma informação, pois ela é rapidamente substituída por outra.
No ensino de ciências, estas questões podem ser percebidas pela dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta. Considerando que a teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade (Serafim, 2001), podemos inferir que o aluno que não reconhece o conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não foi capaz de compreender a teoria. Segundo Freire (1997), para compreender a teoria é preciso experienciá-la. A utilização de alguns recursos didáticos, tais como, experimentos, vídeos, softwares, jogos entre outros, no ensino de ciência, representa uma excelente ferramenta para que o aluno se motive para aprender. Devemos ainda ressaltar todas as dificuldades vivenciadas pelos professores da área de ciências, no Ensino Fundamental, nos defrontamos com um professor polivalente, com a responsabilidade de ensinar diferentes as áreas do conhecimento; na maioria das vezes sem ter recebido uma formação acadêmica ou profissional adequada, principalmente em relação à astronomia, fato esse observado ao analisar as ementas dos cursos de Ciências Biológicas da região noroeste do Paraná, nas quais se pode verificar a ausência de conteúdos de astronomia.
Nesse sentido, este programa, tem como objetivo de criar ambientes propícios visando proporcionar uma formação continuada de professores de qualidade, bem como criar espaços de formação, divulgação e popularização da ciência e da astronomia, visando sempre uma relação dialógica entre a UTFPR/CM e a sociedade.
Como objetivo específico buscamos a indissociabilidade entre a extensão e a pesquisa, permitindo assim um avanço na produção de conhecimentos da área, pois é por meio desta que avaliamos os resultados da extensão e podemos sempre melhorar. Também pretendemos oportunizar aos alunos (bolsistas e voluntários) participantes do programa ambientes para a divulgação dos resultados encontrados na extensão.
3. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
Este programa contará com várias ações de formação, educação, divulgação e popularização da ciência. Todas essas ações já aconteceram em projetos ou ações isoladas que serão brevemente descritos a seguir, e nesta proposta continuarão sendo ofertados para professores e alunos de todos os níveis.
Os projetos que já acontecem e que sustentam tal proposta são basicamente três:
Os três projetos estão na integra como anexo a este documento.
Podemos ainda dizer que nossa proposta está alicerçada sobre o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS da Agenda 2030) número 4: Educação de qualidade, visto que todos os projetos apresentados prezam por:
Nosso foco com esta proposta de programa é aproximar alunos e professores da Universidade, por meio de diferentes atividades. No entanto, um trabalho de extensão devidamente planejado e sistematizado pode permitir aos bolsistas /voluntários participantes do programa conhecerem alguns procedimentos utilizados na pesquisa para coleta e analises de dados, assim podemos dizer que poderá haver uma estreita relação entre a extensão e a pesquisa a fim de avaliar as propostas e os procedimentos desenvolvidos durante a implementação dos projetos, a pesar desta última não ser o foco do programa
A seguir apresentamos de maneira sucinta alguns projetos e ações de extensão que comporão esta proposta de programa de extensão.
3.1 Show da Física
Inicialmente será realizada um pesquisa para produção de diferentes experimentos potencialmente significativos, capazes de despertar o interesse e potencializar a aprendizagem de conteúdos de Física. Esta etapa é desenvolvida por alunos bolsistas ou voluntários que estudam conceitos vistos nas disciplinas de Física em seus respectivos cursos de graduação e a partir daí iniciam a montagem dos experimentos que serão utilizados durante a apresentação do show da Física, os alunos também fazem a manutenção dos experimentos já existentes. Os experimentos utilizados nas apresentações versam sobre as áreas de mecânica, calorimetria, óptica, eletricidade.
Além da produção do material, é realizado o chamado show da Física, que acontece dentro da UTFPR/CM, com visitas agendadas de escolas e fora da UTFPR/CM em visitas do coordenador às instituições de Ensino, esse show da Física também acontece com o objetivo de divulgar a UTFPR/CM em dois momentos específicos: na EXPOUT e no SPEFA (Simpósio Paranaense de Ensino de Física e Astronomia) que acontece anualmente na UTFPR, campus Campo Mourão, este ano está na sua V edição. As solicitações do Show da Física podem ser feitas pelas escolas, diretamente com o professor coordenador do projeto. Dentro da UTFPR o Show da Física atende até 50 alunos por vez, fora da UTFPR já chegamos a atender 150 por vez.
Faz-se importante ressaltar que a comunidade externa interage diretamente com todos os experimentos durante a apresentação do show da Física. Esse aspecto é muito importante porque contribui para uma formação integral dos bolsistas e voluntários envolvidos pois, além de estudarem os conteúdos conceituais envolvidos nas explicações dos experimentos, desenvolvem os conteúdos procedimentais principalmente de manuseio e medições e o mais importante os conteúdos atitudinais vistos que precisam dialogar com os participantes, ouvir, questionar sem causar nenhum tipo de constrangimento a ninguém. Acreditamos que este projeto dentro da proposta contempla uma formação completa do estudante (bolsista ou voluntário).
3.2 Formação continuada de professores:
Nessa atividade foi apresentado pelo núcleo regional de educação de Campo Mourão e de Maringá uma demanda de capacitação de professores do ensino fundamental. Em seguida foi preparado o curso com teoria e prática junto com os alunos bolsistas e voluntários e por fim a implementação dessa capacitação ocorreu dentro da UTFPR/CM para os professores do NRE de Campo Mourão e no Colégio Gastão Vidigal em Maringá para atender o NRE de Maringá, isso a fim de diminuir a distância entre escola e universidade.
O objetivo desse projeto foi o de promover uma formação continuada para professores de Ciências que contemplasse a educação, a divulgação e a popularização do ensino de astronomia. Também, constituiu-se como nosso objetivo, elaborar um repertório de conhecimentos científicos e metodológicos interdisciplinares para o ensino de astronomia, baseado no estudo dos saberes profissionais dos professores de Ciências do ensino fundamental, tais como estes o utilizam e mobilizam nos diversos contextos de seu trabalho cotidiano, considerando também dentro desse repertório as relações que os professores estabelecem entre os conhecimentos práticos e teóricos.
O desenvolvimento das tarefas se deu em duas etapas. No primeiro momento houve o estudo e pesquisa de conceitos básicos de astronomia por meio de livros e links disponibilizados pelo professor e houve a construção de experimentos de baixo custo como ferramenta lúdica do ensino de astronomia, entre eles, uma luneta feita com tubos de PVC, uma câmera escura com caixa de sapatos e um espectroscópio com uma caixa de chá.
O segundo momento se deu por meio da aplicação dessas atividades experimentais na a oficina de astronomia oferecida aos professores de educação básica de Campo Mourão e na produção de artigos científicos a respeito da física e astronomia envolvida nos experimentos.
Como resultado da construção das atividades práticas, um dos experimentos foi escolhido para ser apresentado no IV SIMPÓSIO PARANAENSE DE ENSINO DE FÍSICA E ASTRONOMIA, que ocorreu em setembro de 2018.
Na primeira semana de julho de 2018, houve uma oficina de ensino de astronomia para professores de ensino fundamental da rede pública de ensino da cidade de Campo Mourão, onde foram discutidos desde assuntos mais básicos presentes no dia-a-dia até conteúdos mais complexos que exigiam um pouco mais de instrução. A oficina no primeiro momento se voltou para conceitos teóricos (que permeavam a Física, a Matemática e a Geografia) que serviram para reflexão dos professores em assuntos que mesmo corriqueiros, ainda não haviam sido objetos de indagação ou questionamentos.
No segundo momento da oficina, os professores construíram duas atividades práticas, ambas foram pensadas e preparadas durante a primeira etapa do projeto.
A primeira delas foi um relógio estelar que consiste na detecção das horas por meio do posicionamento de determinadas estrelas, mais precisamente pelo posicionamento da constelação do cruzeiro do sul.
A segunda atividade prática foi a construção de um astrolábio, que consiste na medição da altura ou distância de determinadas coisas baseando-se nas relações trigonométricas fundamentais, visto que o astrolábio é capaz de mostrar a angulação de inclinação do mesmo.
Era notório o prazer e satisfação dos professores em estarem ali. A atividade apresentou junto aos professores um resultado tão satisfatório que rendeu um artigo intitulado: Oficina de Astronomia: uma proposta para o ensino e divulgação na formação continuada de professores de Ciências, que discutia as dificuldades do ensino de astronomia nos anos finais do Ensino Fundamental 2 e trouxe a oficina de astronomia como proposta de popularização e divulgação da astronomia. O artigo foi submetido ao 8ª SEMINÁRIO DE EXTENSÃO E INOVAÇÃO, que ocorreu em novembro de 2018 na cidade Apucarana – PR, no qual dentre trezentos trabalhos inscritos foi considerado pelo comitê científico do evento o segundo melhor artigo de todo o evento.
O artigo apresentado no 8º SEI foi bastante discutido e elogiado no momento da apresentação, então fizemos algumas modificação na metodologia, visando um maior rigor para a análise dos dados e submetemos para a revista PONTES, do IFPR. O trabalho foi aceito sem nenhuma sugestão de modificação e publicado ainda em 2018.
Ainda nesta segunda etapa foi ministrado um curso de extensão, sobre os fundamentos teóricos e metodológicos para o ensino da astronomia, para os Professores do NRE de Maringá - PR. Os professores tiveram a oportunidade de discutir os assuntos em pequenos grupos e de reproduzir todas as atividades práticas preparadas na primeira etapa. Buscamos nessa etapa um trabalho colaborativo no qual os professores fossem desenvolvendo uma autonomia para buscar novas práticas sobre o mesmo assunto, ou até mesmo um aprofundamento sobre o mesmo.
Os professores participaram ativamente de todas as atividades do curso, inclusive levando a problemática da nova Base Nacional Comum Curricular. A seguir temos o registro de alguns momentos de interação e trabalho colaborativo.
Faz-se importante ressaltar que muitos professores iam aplicando as atividades com seus alunos concomitantes com o curso, e trazendo os relatos, apontando os pontos positivos e as dificuldades, esse momento de interação permitiu que outros professores se motivassem a aplicar. Muitas discussões aconteceram pelo grupo de WhatsApp, inclusive os professores que já estavam aplicando com seus alunos compartilhavam as fotos das atividades.
Diante do exposto faz-se importante ressaltar o potencial do projeto para a produção de conhecimento, visto que deste emergiu trabalhos para apresentações em eventos científicos e principalmente publicação em periódico da área de ensino, o que permite dizer que o envolvimentos dos alunos bolsistas e voluntário resultou em benefícios acadêmicos para eles e principalmente em um impacto social causado pela formação continuada junto aos professores dos NRE de Campo Mourão e Maringá, sabemos que esse impacto será ainda maior quando os professores participantes do projeto implementarem as propostas com suas turmas de ensino fundamental.
3.3 Formação inicial de professores de Ciências dos anos iniciais:
Foi realizado junto ao curso de formação de docente oferecido no Colégio Instituto de Educação de Maringá Paraná uma oficina de Astronomia Básica, visto que as professoras de crianças precisam ensinar esse tema pois, encontra-se nas diretrizes, e, em nenhum momento de sua formação inicial tiveram contato com a temática.
Para essa atividade os alunos (bolsistas e voluntários) estudaram os conteúdos de física básica para preparar atividades simples mas que tivessem enfoque interdisciplinar possibilitando as alunas do curso de formação de docentes uma formação mais ampla.
3.4 Divulgação da Ciência entre alunos do Ensino Médio
Dentro da proposta desse projeto também foi realizadas palestras em diversas instituições de Ensino Médio públicas e privadas com temas de Física básica (mecânica, Eletricidade entre outros), Astronomia, de História da Ciência e até mesmo sobre o ENEM e a forma de ingresso na UTFPR.
Nessa atividade o professor responsável que prepara e atua diretamente com a divulgação da Ciência.
3.5 Ação visando a curricularização da extensão
O objetivo desta ação foi e continua sendo proporcionar aos alunos do curso de Engenharia Eletrônica da UTFPR/CM matriculados na disciplina de Física 3 um momento orientado de estudo e preparação de material didático de eletricidade, bem como a oportunidade de trabalhar esse conteúdo com alunos da terceira série do Ensino Médio. Normalmente são disponibilizadas para esse projeto um total de 20 vagas.
Durante o semestre os alunos do curso de Engenharia Eletrônica se prepararam teoricamente estudando sobre a temática de Física 3 e produziram um material de eletricidade básica para ser aplicado com alunos de ensino médio. Assim, esse projeto consisti em durante o último mês de aula do semestre letivo da UTFPR, os alunos do ensino médio virem para a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Campo Mourão para terem aulas de eletricidade básica no laboratório de Física, a fim de despertar nos alunos o interesse pela Física, proporcionar um ambiente de aprendizagem diferente do tradicional e principalmente apresentar a Universidade Tecnológica Federal do Paraná como uma possibilidade real para que eles (os alunos) sigam seus estudos futuros.
Acreditamos que este projeto oferece uma oportunidade ímpar para os envolvidos, pois, os alunos do ensino médio que participam da proposta normalmente nunca entraram num laboratório de Física, muitos mesmo sendo da região de Campo Mourão acreditam que é preciso pagar para estudar na UTFPR, nesse sentido o projeto, divulga a Universidade, desmistifica essa questão de que é necessário pagar para estudar na UTFPR e oportuniza aos alunos um curso de eletricidade básica feito em laboratório, com todas as aulas práticas.
Já para os alunos do curso de engenharia eletrônica inicialmente recebem o certificado de extensão, logo o projeto também busca atender as necessidades da curricularização da extensão. No entanto o maior aproveitamento do projeto, segundo relato dos próprios alunos está na interação com os alunos do ensino médio:
"Eu nunca me dediquei tanto para uma prova como me dediquei para esta apresentação com os alunos do ensino médio, pois aqui se eu errar eu estou prejudicando várias pessoas".
Nesse sentido acreditamos que o projeto possui um grande impacto social numa relação dialógica com a sociedade, oferecendo não só divulgação de Ciência, mas uma formação cidadã, repleta de conhecimento e principalmente respeito com o próximo.
3.6 Desenvolvimento de atividades experimentais no Ensino Fundamental I
Essa ação teve por objetivo realizar atividades experimentais de Física com alunos do Ensino Fundamental I de uma Escola Municipal na cidade de Campo Mourão-PR, visando à formação de um pensamento científico por parte desses alunos. Os experimentos realizados foram previamente escolhidos e testados para garantir que o tempo de aplicação fosse de 40 minutos, intervalo do horário do almoço. As atividades foram realizadas em um dia da semana com 22 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental I.
Nesse projeto os bolsistas e voluntários preparavam juntamente com os professores as atividades práticas e acompanhavam toda a implementação com as crinaças de escolas de periferia.
3.7 Sessão Astronômica
Essa ação teve e tem por objetivo divulgar a Astronomia para membros internos e externos à UTFPR. Busca-se despertar o interesse dos alunos pelo tema. Para isso, convidamos professores de renomados grupos de Astronomia, com grande experiência em suas áreas de atuação, tanto da Universidade Tecnológica, como de outras universidades do país, para a participação de um Colóquio.
Colóquio é um espaço de conversação despojado das formalidades de outros eventos como seminários, simpósios e Palestras. Por princípio, os Colóquios têm um público alvo direcionado, em nosso caso alunos internos e externos à UTFPR-CM. Pessoas com experiência ou interessadas em realizar ações em torno do tema discutido. Esse tipo de comprometimento permitiu resultados mais qualificados do ponto de vista prático e acadêmico.
Em outros momentos os alunos bolsistas e voluntários participantes do projeto preparam apresentações os discussões de filmes da área para divulgar essa Ciência. Para isso é necessário que estejam bem preparados teoricamente para conduzirem discussões científicas.
3.8 Orientação de uma Mostra de Física na Educação Básica
Essa ação tem por objetivo orientar a preparação de mostras de Física (também conhecidas como feiras de Ciências) com atividades experimentais de Física com alunos do Ensino Médio de Instituições de ensino públicas ou privadas da cidade de Campo Mourão -PR e região, visando à formação de um pensamento científico por parte desses alunos e a divulgação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Nesse projeto os alunos bolsistas e voluntários ajudam na orientação dos alunos do ensino médio para a construção e explicação do experimento escolhido, desenvolvendo assim a liderança o que é essencial para um trabalho em grupo, essa habilidade é de suma importância para a carreira de um engenheiro.
3.9 Oficina de Astronomia para crianças
Essa ação teve por objetivo a divulgação e popularização da Astronomia entre crianças do 3° ano do Ensino Fundamental I. A atividade foi realizada em uma instituição privada da cidade de Campo Mourão - PR, por meio de uma solicitação da instituição
CONSIDERAÇÕES
Todas as ações descritas acima atenderam professores de Física do Ensino Médio e de Ciências do Ensino Fundamental I e II do Núcleo Regional de Ensino de Maringá e de Campo Mourão com formação continuada, atenderam mais de 1000 alunos (de todas as faixas etárias) com o Show da Física nas cidades de Campo Mourão, Maringá, Paranavaí, Peabiru entre outras da região da CONCAM.
As ações ainda prestigiaram os alunos dos cursos da UTFPR pois os colóquios do projeto sessões astronômicas tinha esse enfoque, mais de 200 alunos participaram ao final do projeto.
Algumas ações atenderam a demanda de instituições de ensino e de professores dessas instituições. Assim, ao final dos projetos obtermos resultados favoráveis para a experiência educacional realizada, bem como a construção de ambientes diferenciados para aulas nas quais os estudantes foram estimulados a sair da passividade das aulas expositivas e neste contexto obter resultados muito mais amplos do que os esperados inicialmente pelos professores.
Com esse programa, nossa principal meta será cativar o interesse pela ciência entre professores e alunos que farão uso das ações e materiais produzidos. Isso poderá contribuir para a descoberta de talentos, pois os estudantes terão a oportunidade de entrar em contato com conhecimentos até então não apreciados em sala de aula e desta forma conscientizarmos os jovens da comunidade sobre a importância crescente e do caráter indispensável das atividades espaciais, enquanto fornece aos professores meios de fomentar o interesse de seus alunos pela ciência e pela tecnologia
Referência: Processo nº 23064.034922/2018-17 | SEI nº 1159455 |