Boletim de Serviço Eletrônico em 14/07/2020

 

 

Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DIRETORIA GERAL - CÂMPUS FRANCISCO BELTRÃO

DIR. DE REL. EMPRES. E COMUNITARIAS - FB

 

EDITAL de chamamento público nº 03/2020

Câmpus francisco beltrão

 

 A UTFPR – UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – câmpus Francisco Beltrão, autarquia federal de ensino superior, criada conforme a Lei 11.184/2005, situada à Linha Santa Bárbara, s/nº - Francisco Beltrão - Paraná, neste ato representada pelo seu Diretor Geral, no uso de suas atribuições legais, TORNA PÚBLICO, para conhecimento de quantos possam interessar, o presente

EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO PARA O SELEÇÃO DE MICRO OU PEQUENAS EMPRESAS PRIVADAS, ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS OU INDUSTRIAIS, COOPERATIVAS, ENTIDADES EMPRESARIAIS OU ENTIDADES PÚBLICAS QUE TENHAM INTERESSE EM PARTICIPAR COMO PARCEIRAS NO PROJETO DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA MELHORIA DOS PROCESSOS DE GESTÃO EM AGROINDÚSTRIAS DE LEITE E DERIVADOS, PARA FINS DE PARCERIA NO EDITAL PROREC 10-2020 INTERAÇÃO DA UTFPR COM O SETOR PRODUTIVO PARANAENSE.

nos termos do objeto e demais normas constantes deste edital.

 

1- OBJETO 

 

1.1 O presente Edital de Chamamento Público tem por objetivo selecionar micro ou pequenas empresas privadas, associações comerciais/industriais, cooperativas, entidades empresariais ou entidades públicas, doravante definidas como parceiros externos,  para atuarem como colaboradoras no desenvolvimento do projeto Desenvolvimento de Ferramentas Digitais para Melhoria dos Processos de Gestão em Agroindústrias de Leite e Derivados, doravante chamado de projeto, cuja descrição encontra-se em anexo deste Edital, para fins de parceria no Edital PROREC 10-2020 - Interação da UTFPR com o Setor Produtivo Paranaense.

1.2 A seleção se justifica pela necessidade de detectar problemas, analisar soluções e validar a solução desenvolvida em micro e pequenas empresas e/ou suas organizações sociais ou governamentais, dentro do contexto de minimizar os impactos econômicos e sociais da Epidemia COVID-19 sobre o setor produtivo paranaense.

1.3 Este Edital terá validade até o dia 24 de julho de 2020, data limite de manifestação pelos interessados junto pelo e-mail direc-fb@utfpr.edu.br, da DIREC-FB.

 

2- DAS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAR

 

2.1 Somente podem participar do presente Edital parceiros externos que atendam, em função do projeto, o seguinte perfil: Agroindústrias da área de leites e derivados ou queijarias de micro a pequeno porte, bem como associações de pequenos produtores na área especificada, atuantes na região sudoeste do Paraná .

2.2 Os parceiros ou empresa  externos serão selecionados pelo coordenador do projeto, em função dos seguintes critérios:
2.2.1) Contrapartida do parceiro. Serão privilegiados parceiros dispostos a interagir de forma regular com a equipe do projeto, inclusive alocando funcionários e/ou equipamentos para a realização de testes e treinamento no uso do software; que permitam visitas frequentes e compartilhamento de dados de produção. Quanto aos parceiros apoiadores, serão privilegiados: Os que representem produtores da área de lácteos e que ofereçam suporte na articulação e contato com as empresas para a execução do projeto.   
2.2.2) As empresas atendidas pelo presente edital deverão ter registro em sistema de inspeção compatível para os produtos comercializados. 
2.3 Serão selecionados até um máximo de 2 (dois) parceiros externos, incluindo micro e pequenas empresas e parceiros apoiadores do projeto. 

2.4 Os parceiros externos selecionados estão cientes que os resultados do projeto são de domínio público e que serão obrigatoriamente repassados a todo e qualquer interessado do setor produtivo paranaense, excetuando-se aspectos confidenciais relativos aos parceiros externos.

 

3- DA PROPOSTA 

3.1 A proposta para participação deverá ser encaminhada à DIREC/FB - Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias do Campus Francisco Beltrão, no correio eletrônico direc-fb@utfpr.edu.br até às 18h00 do dia 24 de julho de 2020.

3.2 A proposta para participação deverá conter: dados gerais da proponente, área de atuação no mercado, as propostas de contrapartida, o nome do projeto que pretende ser parceira.

 

4- DO ÔNUS

4.1 O parceiro externo não terá obrigação de ônus para participar deste edital, ficando a critério do parceiro externo a alocação de contrapartida econômica (funcionário, insumos ou uso de equipamentos) ou contrapartida financeira para utilização no projeto.

 

 5- DA DIVULGAÇÃO

5.1 Os parceiros externos preliminares selecionados serão publicados no sitio: http://portal.utfpr.edu.br/editais, até às 24h00 do dia  28 de julho de 2020, pela DIREC-FB.

5.2 Eventuais recursos deverão ser encaminhadas à DIREC-FB - Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias do Campus Francisco Beltrão, no correio eletrônico direc-fb@utfpr.edu.br até às 18h00 do dia 29 de julho de 2020.

5.3 Os parceiros externos finais selecionados serão publicados no sitio: http://portal.utfpr.edu.br/editais, até às 24h00 do dia 30 de julho de 2020, pela DIREC-FB

 

6- DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1 A submissão da proposta indica total concordância com os termos deste edital, bem como às políticas e regulamentos da UTFPR.

6.2 Poderá a UTFPR-FB revogar o Edital de Chamamento Público, em todo ou em parte, por conveniência administrativa e interesse público, ou por fato superveniente, devidamente justificado, ou anulá-lo em caso de ilegalidade.

6.3 O presente Edital de Chamamento Público ficará disponível no sitio: http://portal.utfpr.edu.br/editais.

 

Francisco Beltrão, 14 de julho de 2020.

 

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por ALEXANDRE DA TRINDADE ALFARO, DIRETOR(A)-GERAL, em 14/07/2020, às 16:20, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


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DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA MELHORIA DOS PROCESSOS DE GESTÃO EM AGROINDÚSTRIAS DE LEITE E DERIVADOS

 

1.0 Relevância no contexto da pandemia COVID-19

 

            A partir de modificações na forma de consumo de produtos e serviços impostas pela condição atual, devido a pandemia do novo Coronavírus, o comércio globalizado está cada vez mais digital, e ao mesmo tempo vem perdendo forças devido às condições restritivas para obtenção de matérias-primas, ingredientes e tecnologias. Em paralelo, ocorre um fortalecimento do comércio local, que pode privilegiar empresas que adotarem inovações em seus processos.

            No Estado do Paraná, a produção e beneficiamento de leite ocupa grande destaque na geração de negócios. O estado está classificado como segundo maior produtor de leite no país, de acordo com os dados da primeira pesquisa trimestral do IBGE em 2020, sendo a região Sudoeste a maior produtora (IBGE, 2020).

            Diante desse potencial, a transformação do leite tem se mostrado uma alternativa viável para o aumento da renda de produtores, como também para a implantação de laticínios e queijarias na região Sudoeste do estado. Entretanto, mesmo com toda abundância de volume de matéria-prima, muitas empresas do segmento, de pequeno a grande porte, estão passando por dificuldades em tempos de COVID-19.

            A fragilidade no setor foi demonstrada em reportagem do Globo Rural no mês de abril, onde laticínios localizados na região Sudoeste do Paraná acumulam grande volume de produtos nas fábricas por não encontrar mercado, além de demitir funcionários ou dar férias coletivas para totalidade ou parte da mão de obra (Globo Rural, 2020).

            A incerteza do mercado é um desafio que pode ser minimizado com alternativas de gestão mais eficientes e adequadas a situação atual. O uso de recursos digitais pode ser uma importante estratégia para otimização de processos internos em uma agroindústria, além de diminuir perdas e favorecer o ganho de mercado. Essa postura pode ser o diferencial entre crescer com a crise atual ou fechar as portas.           

            Considerando o exposto, o presente projeto propõe auxiliar empresas que atuam no segmento de leite e derivados por meio de apoio tecnológico e fortalecimento das atividades de gestão, abordando os seguintes pontos:

 

  1. Desenvolvimento de pesquisa com consumidores para conhecimento do mercado e anseios do consumidor neste período atípico

 

            A ciência do consumidor estuda as interações que levam a compra de um produto, serviço, marca etc. Esse estudo exige o uso de ferramentas complexas como estatística avançada entre outras, o que faz necessário profissionais qualificados e encarece o processo.

            Indústrias de grande porte utilizam muito a ciência do consumidor e suas ferramentas, o que as posiciona estrategicamente no mercado. Já pequenas e médias empresas não dispõem de corpo técnico especializado, tempo e recursos para investir nesta área. Em momentos de crise, como a enfrentada atualmente, saber dos anseios, prioridades e preferências do consumidor pode aumentar vendas e reduzir custos.

            O proposto neste projeto envolve pesquisas de mercado para entender o consumo dos produtos lácteos na região durante e pós crise, desta forma poderão ser traçadas estratégias de produção e melhorias em produtos. Além disto, a avaliação sensorial pode ser utilizada como ferramenta de marketing, no caso da degustação de produtos em supermercados ou outros pontos de venda, e ainda em estudos in home.

            Uma das barreiras a ser enfrentada, neste caso, é o acesso a consumidores em isolamento social. No entanto,  a universidade dispõe de uma plataforma de avaliações sensoriais online em fase final de desenvolvimento para o LabSen – Laboratório de Análise Sensorial e Desenvolvimento de Produtos, Labmult do campus, sob o seguinte domínio: http://peerception.fb.utfpr.edu.br/ (Comprovação da existência da plataforma no Anexo D ).

            O LabSen é um laboratório multiusuário que atende a comunidade interna e externa, como empresas do ramo alimentício. Dentre os serviços realizados estão os do campo da ciência sensorial, bem como desenvolvimento e melhoria de produtos, além de vida de prateleira. Considerando o exposto, em testes onde houver necessidade de degustação, o LabSen desenvolverá um protocolo próprio considerando avaliações in home.

 

  1. Desenvolvimento de software de gerenciamento de processos com módulo de rastreabilidade e estatística de vendas

 

            O software já se encontra em desenvolvimento em um outro projeto do grupo de pesquisa. O mesmo terá interface multiplataforma: a) mobile Android utilizando da IDE ˜Android Studio˜ com o auxílio de conexão a bancos de dados do tipo Nuvem MySQL e b) desenvolvimento web.

            Para atender os diferentes níveis de atividade dentro da empresa, a ferramenta está sendo construída com funcionalidades diferenciadas, podendo atender as operacionais, como registro e monitoramento de PAC’s (programa de autocontrole, exigido legalmente) e também as demandas da gestão geral.

            Dentro dos PAC’s existe o controle referente a saúde dos colaboradores, no momento não é exigido por órgãos fiscalizadores a aferição da temperatura de funcionários. No entanto, considerando o estágio ascendente da COVID-19 no Paraná e inúmeros casos de empresas alimentícias com registro da doença em suas plantas de produção, o software poderá possibilitar o registro para este controle.

            Como um dos principais problemas reportados por empresas de pequeno porte na área de laticínios se concentra na venda do produto, está sendo desenvolvido dentro do software o módulo de estatística de vendas. Esse módulo gerará um histórico de vendas por vendedor e/ou região, com o intuito de otimizar o processo e reduzir devoluções de produtos que ocorrem semanalmente. As devoluções são muito comuns, uma vez que os vendedores sobrecarregam os pontos de venda com produtos e que acabam expirando a validade ou tendo suas embalagens danificadas, o que inviabiliza o comércio (Comprovação do desenvolvimento do software - Anexo E).

            Uma das principais barreiras para utilização do software pode ser devido a dificuldades relacionadas ao conhecimento básico de informática, o que poderá ser suprido com cursos que serão ofertados e assistência direta às empresas.

 

  1. Desenvolvimento web para vendas

           

            Será desenvolvido um ambiente web, no qual a empresa poderá divulgar seus produtos e realizar venda direta ao consumidor final da região. Desta forma, será possível liberar possíveis acúmulos de estoques por meio de promoções, fidelizar consumidores entre outras oportunidades ofertadas no site.

            Para atender os visitantes, o site terá um assistente virtual que poderá tirar dúvidas sobre entrega, formas de pagamento e até mesmo sugerir produtos de acordo com o histórico de compras.

            A principal barreira para a comercialização de produtos lácteos é a manutenção da temperatura de refrigeração durante o transporte e entrega, problema que pode ser transposto com aplicação de tecnologias adequadas. Como o câmpus dispõe do LabSen, pesquisas para classificar sistemas adequados de embalagens serão realizadas com comprovação por testes microbiológicos.  

 

  1. Processamento de Imagens

 

            Queijos maturados são produtos de alto valor agregado, portanto necessitam de atenção especial durante todo o seu preparo e manutenção nas câmaras de maturação.

            No período em que permanecem maturando, pode ocorrer aparecimento de diversos tipos de bolores (mofos), alterações de cor, rachaduras entre outros problemas. Para identificar e, até mesmo, prevenir esses defeitos, o produto é virado com frequência adequada, porém ainda podem ocorrer problemas neste intervalo de tempo em que o queijo aguarda a próxima viragem. Como esses problemas são visíveis na superfície do queijo, a captação de imagens em tempo real pode revelar defeitos precocemente.

         Considerando o exposto, pretende-se instalar um sistema de captação de imagens via câmeras e sensores integrado a uma base de dados, onde será possível comparar padrões e identificar defeitos antes mesmo da constatação in loco. Tal ferramenta pode ser aliada na prevenção da contaminação por fungos em lotes de produto ou mesmo da câmara de maturação.

            Essa proposta de utilização de imagens para detectar defeitos em queijos pode ser considerada uma tecnologia disruptiva, uma vez que ainda não é utilizada com essa finalidade e pode otimizar o processo.

A principal barreira para utilização do sistema de captação de imagens é o fato da iluminação dentro da câmara de maturação ser acionada apenas quando a porta está aberta, o que poderá ser resolvido com uma adaptação do equipamento de modo a manter o ambiente iluminado no momento da captação das imagens, mesmo com as portas fechadas.

            A Figura 1 ilustra um esquema organizacional das atividades, ações e ferramentas que abordam o presente projeto de forma mais resumida.

 

2.0 Grau de maturidade do projeto

 

          O software de gestão está em fase avançada de desenvolvimento e é parte do projeto intitulado: Desenvolvimento de tecnologias de informação para agroindústrias de leite e derivados, que iniciou suas atividades em agosto/2019, quando foi contemplado no Edital n 03/2019-PIBIT, com 2 cotas de bolsas. No edital n o 04/2020 PIBIT foi novamente contemplado com 1 cota.

        O projeto supracitado conta com apoio de agroindústrias que possuem interesse na criação de ferramentas digitais, tal como a empresa Venetto (conforme consta na carta de aceite de participação, Anexo 1 e 2). A empresa é parceira da universidade no desenvolvimento das tecnologias, uma vez que oferece o ambiente para coleta de dados, requisitos, testes, validação e também disponibiliza estágio a um dos bolsistas. Em maio de 2020 UTFPR – Francisco Beltrão e a empresa Venetto assinaram o termo de cooperação técnica disponível no processo SEI 23064.045437/2019-41 (Processo SEI).

            Para entender as necessidades das empresas do setor na região e nortear parâmetros de desenvolvimento de ferramentas, um questionário online foi aplicado nos dias cinco e doze de julho de 2019, durante um curso para queijarias realizado pela UTFPR-Francisco Beltrão com parceira da CRESOL e EMATER. No local os participantes foram abordados e convidados a participar da pesquisa, onde uma série de perguntas e alternativas de resposta foram contempladas, desde valores que gostariam de pagar por um software/aplicativo até quais funções gostariam que a ferramenta possuísse. Esse questionário também foi enviado por e-mail a empresas do ramo de laticínios que atendem além do segmento das queijarias, totalizando 22 agroindústrias entrevistadas.

           Na Figura 2 está o resultado para uma das questões aplicadas e faz referência ao tipo de tecnologia que interessava aos participantes. Este gráfico demonstra alto interesse em inteligência artificial (41%) e softwares em geral (36%) e pouco interesse em ferramenta de coleta de dados (4%). Esse último devido a ampla disponibilidade de dispositivos móveis como celulares, não havendo necessidade de investimento em periféricos para coleta de dados.

           Na atualidade, não faz sentido produzir alimentos sem pensar em como será a experiência do consumidor com o produto, uma vez que há uma relação direta com a positividade desta experiência e o ganho de mercado, garantindo assim a sobrevivência de marcas e produtos. Neste foco, uma pesquisa com 452 consumidores foi realizada em maio de 2020 para entender o perfil do consumidor, de consumo e emocional do queijo colonial na região. Essa ação faz parte do projeto intitulado: Caracterização sensorial do queijo colonial da microrregião de Francisco Beltrão-PR e perfil de seus consumidores, o qual obteve aporte do edital Universal do CNPQ em 2016 e encerrou-se em maio de 2020.

          Os resultados demonstram que características sensoriais e tradição estão fortemente relacionadas ao consumo, mas conforme a renda dos entrevistados aumenta a frequência deste consumo cai, isso devido a possibilidade de melhores experiências com produtos diferenciados dentro categoria. Aproximadamente 10% da amostragem não consome queijo colonial e tem esta postura devido ao fato de o produto não agradar o seu paladar ou ter receio a baixa qualidade microbiológica. 

 

           O queijo colonial é tema de estudo em outros trabalhos e projetos desenvolvidos pela equipe executora, essa atenção especial ao produto se deve ao grande volume de produtores, empresas, queijarias e laticínios o produzirem na região. Tal fato se torna estratégico uma vez que provavelmente a empresa parceira terá em seu portfólio o queijo colonial.

O projeto intitulado: Determinação das características de Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Artesanal produzido pela Agricultura Familiar do Sudoeste do Paraná é outro exemplo de trabalho desenvolvido no contexto mencionado, o mesmo obteve auxílio financeiro do edital CNPq/MCTIC Nº 016/2016.

            A importância aos pequenos produtores de queijo também é dada no projeto intitulado: Determinação das características de Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Artesanal produzido pela Agricultura Familiar do Sudoeste do Paraná, que está vigente e tem caráter de extensão. Participam deste projeto micro e pequenas queijarias associadas a APROSUD – Associação dos produtores de queijo artesanal do Sudoeste do Paraná – que demonstraram apoio as propostas apresentadas neste documento, assim como a Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná (Anexos F e C).

 

3.0 Equipe executora

 

Membros da equipe executora vêm trabalhando em conjunto na resolução de problemas na indústria de alimentos desde 2018 e compõe o grupo de pesquisa denominado: Desenvolvimento de Tecnologias da Informação na pesquisa e indústria.

Atuam no projeto 5 professores da UTFPR-Francisco Beltrão, são eles e suas contribuições:

 

  1. Vânia de Cássia da Fonseca Burgardt: professora atuante na área de Gestão da Qualidade, Análise Sensorial e Embalagens. É responsável pela orientação de estágio do aluno na empresa, bem como por requisitos legais e de qualidade na produção de alimentos que as ferramentas deverão contemplar. Além de supervisora do LabSen - Laboratório de Análise Sensorial e Desenvolvimento de Produtos. O LabSen é um laboratório multiusuário que atende a comunidade interna e externa, como empresas do ramo alimentício. Dentre os serviços realizados estão os do campo da ciência sensorial, bem como desenvolvimento e melhoria de produtos, além de vida de prateleira. Com esta expertise a supervisora do labmult tem desenvolvido trabalhos de transferência de tecnologia para indústria. A exemplo disto a qualificação de produtos para empresa do ramo de fogões, bem como desenvolvimento e criação de padrões de qualidade para insumos na produção de queijo. Outro exemplo de transferência de tecnologia em andamento é um projeto que visa a substituição do material celulósico em embalagens para caixa de ovos, também iniciado a partir de uma necessidade da indústria, no caso do segmento de ovos orgânicos.

 

  1. João Francisco Marchi: Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988) e Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (1997). Especialista em Agronegócio pela Universidade Federal do Paraná (2003). É professor da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná/ Campus Francisco Beltrão. Atua como Professor dos Cursos de Engenharia de Alimentos e de Tecnologia de Alimentos. Atuou na Emater- Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná, como extensionista rural, por um período de 18 anos. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos e presta assessoria a projetos de desenvolvimento em pequenas agroindústrias, tecnologia adaptada e desenvolvimento de produtos. Atuou como consultor sênior do Projeto ALI (Agentes Locais de inovação) em parceria com Sebrae.

 

  1. Paulo Júnior Varela: professor da área de Ciência da Computação possui amplo conhecimento em desenvolvimento de software, reconhecimento de padrões e plataformas de hardware. Contribui com a orientação e auxílio aos alunos no desenvolvimento de soluções computacionais. Atua na área de projetos tecnológicos e inovadores, tanto como pesquisador como em assessoria. Nos últimos anos registrou 11 softwares e possui em andamento o desenvolvimento de 2 patentes com projeção de transferência de tecnologia para empresas. Atualmente possui projetos ativos nas áreas de: Internet das Coisas (IoT), Inteligência e Linguística Computacional.

 

  1. Andréa Cátia Leal Badaró:  Médica Veterinária, Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando como Professora da UTFPR – Francisco Beltrão, nos cursos de Engenharia de Alimentos e Agronomia. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos com ênfase em produtos lácteos, microbiologia e controle sanitário dos alimentos. Desenvolve projetos de pesquisa na área de Segurança Alimentar e Controle Microbiológico de Alimentos e Água, em especial produtos de origem animal (leite) e seus derivados. Atualmente coordena projetos de extensão em parceria com a APROSUD – Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná, com o setor de Alimentação Escolar, com as Agroindústrias, e com os feirantes da Feira do Produtor – Agroindústrias Familiares de Francisco Beltrão-PR.

 

  1. Fabiane Picinin de Castro Cislaghi: Doutorado (2012) e Mestrado (2007) em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Farmácia e Bioquímica Tecnologia dos Alimentos (2005) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente é professora e Chefe do Departamento de Ciências Agrárias/Engenharia de Alimentos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Francisco Beltrão. Pesquisadora da Rede de Pesquisas em Queijos Artesanais Brasileiros (REPEQUAB). Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: Leite e derivados (com ênfase em Queijos, Lácteos fermentados e Bebidas Lácteas), Queijos Artesanais, Aproveitamento do soro de leite, Segurança Alimentar e Nutricional e Lácteos Funcionais - Probióticos e Prebióticos.

 

  1. Alunos bolsistas e/ou voluntários: Atuam hoje no desenvolvimento do aplicativo e ambiente web 2 alunos do curso de Engenharia Química com experiência na área, sendo um deles formado em curso Técnico em Informática e o outro que já desenvolveu softwares/aplicativos. Inclusive esses alunos, sob a coordenação da professora Vânia, estão desenvolvendo a plataforma web para Análise Sensorial. Por todas essas atividades e considerando o volume de produção a ser atingido se faz necessária a adesão de pelo menos mais um discente, o qual será selecionada posteriormente.

 

4.0 Cronograma de execução do projeto

 

REFERÊNCIAS

 

IBGE, 2020. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/home/leite/brasil. Acesso em 16/06/2020.

GLOBO RURAL, 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2020/04/19/laticinios-do-parana-enfrentam-queda-nas-vendas-por-conta-da-covid-19.ghtml. Acesso em 17/06/2020

 


Referência: Processo nº 23064.021726/2020-99 SEI nº 1518396